O historiador brasileiro que viveu cerca de 10 anos na China, país entre os principais parceiros atuais do Brasil, levantou a discussão sobre as “Perspectivas sobre o caminho de desenvolvimento chinês” no encontro online que aconteceu nesta quinta, dia 24
Historiador pela Universidade Federal Fluminense (UFF), mestre em economia e doutor em direito pela Renmin University of China, Gaio Doria foi, nesta quinta, dia 24, o convidado especial do Seminário do CDTS online para o mês de setembro. Doria pesquisou profundamente a relação da China com o mundo e suas possíveis contradições. No encontro, abordou o panorama recente da história da República Popular da China e seus desenvolvimentos, de forma a iluminar as novas tendências da ordem global e seus impactos para o Brasil. Para enriquecer a discussão, André Lobato, doutorando do Programa de Políticas Públicas Estratégias e Desenvolvimento (PPED/UFRJ) e que, há três anos colabora entres as negociações da Fiocruz e as instituições chinesas.
“Aí sim comecei a entender de verdade a cultura do país e o que posso dizer que descobri é que o grande segredo da China é a organização e organização política.”
Depois do primeiro período no mestrado, Gaio conta que a verdadeira experiência antropológica começou quando ele passou para o doutorado, no qual era o único extrangeiro do setor. “Aí sim comecei a entender de verdade a cultura do país e o que posso dizer que descobri é que o grande segredo da China é a organização e organização política.”, inicia assim Gaio e emenda: E assim, nós como brasileiros não podemos polarizar o pensamento e sim formular nossa reflexão sobre o tema”.
O historiador explica o pensamento filosófico autônomo ao ocidental e conta como a China é um pilar da civilização oriental. E assim, enfatiza a necessidade de o Brasil se preparar para essa parceria que já está em curso. “A ascensão da China é um fato dado e irreversível. Apesar da China ter se tornado o principal parceiro do Brasil em 2009, o país asiático ainda permanece desconhecido para os brasileiros. Como o Brasil irá lidar com as mudanças em curso no cenário internacional? Quais sentidos conferimos aos processo históricos e suas múltiplas dimensões que movem este fenômeno?”, Gaio questiona, e afirma: “Estas são algumas das perguntas que já deveriam estar ocupando as agendas de pesquisa, principalmente das instituições ligadas ao estado brasileiro”.
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Por Gardênia Vargas
Equipe de Comunicação do CDTS