Neurociência Translacional

Sobre

Esta linha de PD&I visa desenvolver produtos de alta tecnologia para o tratamento de pacientes portadores de doenças neurológicas emergenciais. Nosso objetivo específico é minimizar o comprometimento do sistema nervoso central (encéfalo, medula e retina) causado por insultos hipóxicos (insuficiência de oxigênio), isquêmicos (redução do fluxo sanguíneo), hipoglicêmicos (redução do açúcar no sangue) e traumáticos, desde o período neonatal até a fase geriátrica.

Projetos e produtos

  • Aprimoramento de próteses customizadas de polimetilmetacrilato (PMMA) para reconstrução craniana após craniectomia descompressiva (cirurgia de retirada de parte do osso do crânio para redução de hipertensão intracraniana). Projeto em andamento na Fiocruz.
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    A craniectomia descompressiva gera uma falha óssea no crânio que, além de levar a alterações hemodinâmicas (relacionadas à circulação do sangue nos vasos) e da função cerebral, tem implicações estéticas e socioeconômicas, podendo resultar em uma aposentadoria precoce e uma péssima qualidade de vida desses pacientes. As cirurgias plásticas de reconstrução do crânio pós-craniectomia descompressiva envolvem um alto custo, incluindo a malha de titânio e porcelanato usada atualmente, que representa um gasto entre R$ 140 mil e R$ 200 mil por paciente, o que torna sua realização na rede SUS economicamente inviável. Para ampliar o acesso da população a esse tipo de procedimento, a solução passa por uma redução drástica dos custos dos materiais usados.

    O nosso grupo multidisciplinar vem aprimorando tecnologias físicas de manufatura aditiva (impressão 3D) e neurofisiológicas para próteses customizadas para a reconstrução de defeitos extensos da calota craniana, com custos de R$ 10 mil por paciente (custo atual, sem escalonamento de processos), acessíveis à rede SUS. O material usado nas próteses é o polimetilmetacrilato (PMMA), aprovado como produto para cimento ortopédico pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A técnica de produção da prótese (flap moldado) com PMMA durante o tempo em que se realiza a cirurgia mostra-se um procedimento seguro e rápido.

    Aprimorar estratégias terapêuticas viáveis para a rede SUS é essencial para permitir a reintegração familiar, social e profissional de pacientes submetidos à craniectomia descompressiva, realizada em casos de traumatismo cranioencefálico. Esse tipo de trauma representa um relevante problema de saúde pública, uma vez que a violência física se tornou a principal causa de morte por eventos externos no Brasil, segundo o Datasus (2019). A cirurgia de reconstrução do crânio leva à melhora das funções neuropsicológicas do paciente, especialmente se realizada nos primeiros 6 meses após o traumatismo cranioencefálico. A demora no atendimento pode gerar desde o agravamento das funções cognitivas e comportamental até sequelas permanentes – além do estigma social atrelado à deformidade.

  • Produção de supositórios por meio de dispositivo portátil. Projeto em andamento na Fiocruz.
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    Das cerca de 130 milhões de mulheres que dão à luz no mundo todos os anos, 303 mil morrem durante o parto, e 2,7 milhões de recém-nascidos morrem no 1º mês de vida, a maioria em regiões com economias de baixa e média rendas e desprovidas de assistência médico-hospitalar adequada. A maior parte dos óbitos ocorre como resultado de hemorragia pós-parto grave (HPP), sepse, malária cerebral e complicações de parto, condições que podem ser controladas com medicação, se prontamente tratadas. No entanto, a falta de medicamentos é um desafio. O problema é agravado em comunidades onde interrupções frequentes de energia elétrica ameaçam a armazenagem de medicamentos refrigerados.

    Nossa equipe está desenvolvendo um dispositivo portátil, chamado SBox, para produzir supositórios para tratar condições clínicas individualizadas. O aparelho foi projetado para atender prontamente aos padrões regulatórios, independe de energia e de água e é perfeito para uso fora do ambiente hospitalar. 

    O SBox tem funcionamento simples e intuitivo, semelhante ao de uma ‘cafeteira gourmet’. Foram produzidas cápsulas de 3 variedades de ingredientes farmacológicos estáveis, ​​identificados por diferentes cores. A primeira geração de cápsulas, 100% reciclável, inclui, entre outros ingredientes, misoprostol (HPP – cápsula vermelha), artesunato (tratamento de primeira linha para malária por Plasmodium falciparum – cápsula azul) e gentamicina (sepse neonatal e adulta – cápsula amarela). Junto com o kit SBox, são fornecidos também veículos viáveis ​​para os medicamentos (glicerina ou manteiga de cacau), em cápsulas brancas.

    A opção pela formulação em supositório tem algumas vantagens. A via retal é considerada uma excelente alternativa às vias oral, intramuscular ou endovenosa porque os supositórios não precisam de condições assépticas para serem administrados, nem necessitam que o paciente coopere com o corpo de enfermagem ou assistencial. A via retal constitui uma das melhores rotas para uso em neonatos, populações geriátricas e em pacientes inconscientes. Além disso, os supositórios não sofrem metabolismo de primeira passagem no fígado, possibilitando uma maior concentração do medicamento, e as substâncias usadas como veículo são consideradas amplamente seguras. Por fim, os supositórios não necessitam de conservantes para aumentar ao máximo seu prazo de validade e seu custo de fabricação é muito baixo.

Atividades

As soluções tecnológicas elaboradas pelo nosso grupo, multidisciplinar, envolvem três categorias de produtos: (i) objetos físicos (dispositivos médicos, instrumentos, moléculas); (ii) conhecimento aplicado a serviços hospitalares (protocolos assistenciais); e (iii) elaboração de soluções de alta tecnologia para otimizar a prestação de serviços no âmbito da rede pública de saúde (prevenção e promoção da saúde, controle de doenças e monitoramento a partir de diretrizes do complexo econômico-industrial da saúde). 

Equipe

  • Renato
    Rozental
    Renato
    Rozental
    Médico, especialista em farmacologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mestre em farmacologia e terapêutica pela UFRJ, doutor em biofísica pela UFRJ e pós-doutor em neurociências pelo Albert Einstein College of Medicine (EUA). Atua na área de tecnologia de alta complexidade e pesquisa clínica translacional em doenças neurológicas emergenciais.
  • Therezinha
    Rodrigues
    Therezinha
    Rodrigues
    Especialista em gestão empresarial, gestão de recursos humanos para a saúde e psicopedagogia. Graduada em educação. Possui experiência na área de gestão pública, infraestrutura em saúde, projetos de obras, manutenção, serviços, meio ambiente, gestão da qualidade e contratos.
  • Paulo
    Pieroni
    Paulo
    Pieroni
    Doutorando e Mestre pelo Programa de Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento (PPED) do Instituto de Economia da UFRJ. Administrador de Empresas, possui MBA em Marketing Estratégico (ESPM), Gestão Empresarial (COPPEAD) e especialização em Gestão de Organizações de Ciência e Tecnologia em Saúde (ENSP/FIOCRUZ). Como Analista de Gestão do CDTS, participa do Planejamento Estratégico de Biossegurança e colabora com o grupo de Análise de Redes Sociais e Gestão do Conhecimento.
  • Paulo
    Carvalho
    Paulo
    Carvalho
    Biotecnologista, mestre em biologia computacional pela Fiocruz, doutor em bioinformática pela Universidade Federal de Minas Gerais e doutor em ciências naturais e computação pela University of Southern Denmark. Mestrando (MBA) em gestão de projetos pela Universidade de São Paulo.

Colaboradores e Equipe Externa

Colaboradores

Colaboradores

Alexandre Rossi (CBPF, RJ), 

Aline Campos de Azevedo (Sefar/Fiocruz),

David C. Spray (Albert Einstein Coll Medicine, Bronx, NY, EUA), 

Douglas Pereira Pinto (Sefar/Fiocruz),

Joffre Amim Jr. (Maternidade Escola da UFRJ), 

Jorge Rezende Filho (Maternidade Escola da UFRJ), 

Jorge Vicente Lopes da Silva (CTI Renato Archer, Campinas, SP), 

Marco Carvalho Nascimento (Coordenação das Ações de Prospecção/Fiocruz), 

Mauro Granjeiro (Inmetro e UFF), 

Monica Calasans (UFF), 

Pablo Maricevich (Hospital da Restauração, PE), 

Raphael Bertani (Residente em Neurocirurgia, Hospital Municipal Miguel Couto), 

Ruy Castro Monteiro da Silva Filho (Hospital Municipal Miguel Couto, RJ).

 
Equipe Externa

Equipe externa

Marcos Denício da Silva de Souza (Ensp/Fiocruz), 

Lais Bastos da Fonseca (Sefar/Fiocruz), 

Alessandra Lifsitch Viçosa (Farmanguinhos/ Fiocruz), 

Gisele D’Avila (administradora), 

Caio Perret (aluno de pós-graduação do Programa MD/PhD UFRJ),

Pedro H. Freitas (aluno de pós-graduação do Programa MD/PhD UFRJ),

Giovana Hau de Carvalho (aluna de iniciação científica),

Joana Vicentini (aluna de iniciação científica)

Tagore Lima (aluno de iniciação científica).  

 

 

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