O trabalho desta linha de PD&I procura ajudar a suprir a necessidade por inovação na área de desenvolvimento de novos insumos diagnósticos e abrir espaço para o desenvolvimento de testes mais específicos e rápidos (associados a biossensores, imunocromatografia e nanomateriais, como DOTS, nanobeads, nanotubos, monólitos e cristais) para doenças ainda negligenciadas ou não investigadas ou aquelas cujos testes existentes não são precisos. Há aplicações também no desenvolvimento de novas e melhores vacinas sintéticas e novos biofármacos, bem como na síntese de peptídeos (cadeia de aminoácidos) antimicrobianos como alternativas de tratamento terapêutico em casos de resistência microbiana.
A linha de PD&I trabalha com as ferramentas de síntese de peptídeos de alta performance, para identificar trechos dessas moléculas capazes de gerar resposta imune (epítopos), visando ao desenvolvimento de produtos para diagnóstico e vacinas. Essas ferramentas também podem ser usadas no estudo da interação entre proteínas para identificação de domínios estruturais (regiões com funções específicas de uma proteína) ou efeitos colaterais de alguns fármacos. Além disso, a linha de PD&I está apta a sintetizar peptídeos para estudos experimentais e de validação (escalonamento) de biofármacos peptídicos.
A linha de PD&I tem competência instalada para identificação e caracterização de epítopos B lineares de diferentes organismos e produção de quimeras (moléculas constituídas por segmentos de várias proteínas), visando à geração tanto de anticorpos para identificação de alvos imunológicos quanto de insumos para o desenvolvimento de testes diagnósticos específicos. O interesse crescente da Fiocruz na área pode ser evidenciado pelo aumento das publicações de suas diferentes unidades, incluindo o Instituto Oswaldo Cruz (IOC), Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP), Instituto Gonçalo Moniz (CPGM-Ba), Instituto René Rachou (CPRR-BH), além do próprio CDTS. Existe também possibilidade de cooperação com instituições externas, uma vez que estudos apontam para um crescimento da área de síntese de peptídeos no Brasil. Além disso, o grupo que coordena esta linha de PD&I está inserido em projetos que envolvem parcerias com instituições do exterior, o que pode resultar em demandas internacionais.