Seminário promovido pelo CDTS debate repercussão social de doenças e epidemias

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Por: Thayuan Leiras

A análise de grandes volumes de dados – chamados big data– e as reações da população nas redes sociais às doenças e epidemias foram foco de debate no Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS), da Fiocruz. Em seminário ministrado na última quinta-feira (4/10), a pesquisadora Jonice Oliveira, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Informática (PPGI) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), falou sobre a disseminação de boatos e informações que mexem com o ânimo popular. 

Esse diagnóstico é feito por meio da grande quantidade de notícias e opiniões transmitidas nas redes sociais. A partir desses dados, são reconhecidos padrões de comportamento e discursos tanto dos cidadãos como da comunidade científica e da imprensa. São feitas principalmente análises de textos, mas vídeos e fotos também entram no grande ‘bolo’ de dados. "A questão é conduzir pesquisas multidisciplinares para saber o que o povo está falando, sentindo e até como está se relacionando", explicou Jonice Oliveira.

As informações analisadas vêm do big social data, que são os grandes volumes de dados voltados especificamente para as relações sociais. A partir delas, foi possível mapear, por exemplo, a reação da população brasileira, nas redes, à epidemia de Zika em 2015 e 2016. Estudando esse assunto principal e outros secundários, como a microcefalia, é possível comparar os discursos e o nível de informação da população em relação às autoridades em saúde e aos veículos de comunicação.

"Isso é importante porque, por exemplo, quando houve o rumor de ebola no Brasil, o ministro da Saúde [Arthur Chioro] foi avisar em rede nacional que não era verdade, mas o povo não acreditou. Todo mundo se tranquilizou só quando o Drauzio Varela falou, na TV, que realmente não tinha ebola no Brasil", completou a pesquisadora.

 

Jonice Oliveira graduou-se em Ciência da Computação e especializou-se em Engenharia de Sistemas e Computação, com ênfase em banco de dados, na UFRJ. Além de coordenar o Programa de Pós-Graduação em Informática na mesma instituição, a pesquisadora também criou e comanda o Laboratório de Computação Social e Análise de Redes Sociais. 

 

Pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Informática da UFRJ falou sobre a utilidade das redes sociais para o cuidado com a saúde pública em seminário no CDTS. (foto: CDTS)

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