Esta linha de PD&I visa identificar compostos com atividade inibitória contra fungos patogênicos, bem como novos alvos para a ação de antifúngicos. A identificação dessas atividades é feita por meio de protocolos internacionalmente aceitos para execução de modelos experimentais de teste de atividade de antifúngicos.
O trabalho desta linha de PD&I busca ajudar a suprir uma grande carência por inovação na área de desenvolvimento de antifúngicos. Os antifúngicos hoje disponíveis para o tratamento de micoses humanas e animais são, em geral, tóxicos, pouco eficientes e de alto custo. Em comparação com outros modelos de doenças infecciosas, as opções de antimicrobianos com atividade antifúngica são claramente escassas. O último antifúngico aprovado para uso em humanos data de 2002. Esse cenário complexo está associado a cerca de 1,6 milhão de óbitos por ano no mundo em decorrência de infecções fúngicas.
Há expectativa de demanda da Fiocruz por testes de atividade antifúngica em projetos de desenvolvimento tecnológico, validação clínica e pesquisa básica. Hoje a Fiocruz tem grupos em atuação na área de infecções fúngicas em diferentes unidades, incluindo Instituto Oswaldo Cruz, Farmanguinhos, Biomanguinhos, Instituto Nacional de Infectologia, Escola Nacional de Saúde Pública, Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde e Instituto Carlos Chagas.
Há também expectativa de parcerias com instituições externas, uma vez que estudos apontam para um crescimento da área de micologia médica no Brasil. Além disso, o grupo que coordena esta linha de PD&I está inserido em projetos que envolvem parcerias com instituições de fora do país, o que pode resultar em demandas internacionais.